Para pensar

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Dificil é ser justo.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Retratos de uma imprensa refém da politicagem interiorana

Não é novidade para ninguém a forma mesquinha com que alguns meios de comunicação de nossa região tratam do assunto POLÍTICA. Vemos rádios serem usadas única e exclusivamente como se fossem partes de eternos guias eleitorais. Uns sem muita cerimônia simplesmente não comentam os erros cometidos por seus aliados, mas por sua vês dão ênfase sem tamanho a tudo que estes fazem que supostamente traga algum tipo de beneficio a população.
Meio de informação tem em sua essência o único dever de informar, seja qual for à informação ela teria que ser passada a população sem nenhum tipo de coleguismo. Porem o que vemos sistematicamente são dados sendo omitidos apenas por conta de estes meios de comunicação serem umbilicalmente ligados a uma ou outra facção política. Noticia como investigação, processo ou condenação, dos amigos, são simplesmente omitidos.
Em pesquisa recente feita pelo Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor), constatou-se que entre 1999 e 2004 foram concedidas 2.205 concessões para rádios comunitárias, destas metade foi a grupos que possuem algum tipo de vínculo político-partidário. É notório o poder de uma radio em uma pequena cidade, onde ainda se preserva o habito de ouvir rádios e se tem este como o principal meio de informação. Ter o controle de tal meio trás dividendos eleitorais imediatos.
Todos nós sabemos do poder exercido em seus estados pelas famílias Sarney, Barbalho, Jereissati, Collor de Melo e Magalhães. É sabido também que todo este poder vem , em grande parte, com a ajuda dos meios de comunicação controlados por eles. Alem da ajuda política há uma enorme ajuda financeira, visto que trata-se de negócios altamente rentáveis.
Cabe-nos fiscalizar e exigir que concessões públicas, como é o caso de rádios se mantenham imparciais de fato, não que fiquem com uma mascara de imparcialidade e por trás privilegiem seus amigos. Diga não a locutores hipócritas, se estes por algum motivo são partidários de alguém, como tem eles todo direito democrático de sê-lo, que digam claramente, que seja frontal, franco e não fiquem com esta tática de memória seletiva, falando meias verdades, o que em nossa opinião se torna pior que a mentira mais deslavada.

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