Para pensar

Ser bom é facil,
Dificil é ser justo.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

“Conheceis a verdade e ela vos libertará”

Confesso que sou eleitor Calabar desde sempre por assim dizer. E nunca tive muitas dificuldades em defender meus candidatos, visto que sempre confiei muito em todos. Porem devido aos últimos acontecimentos, na política da terra das dálias fiquei a pensar: será que estes homens a quem eu sempre dera o meu mais sincero voto de confiança são realmente dignos dele?
Nossos candidatos nos aparecem de quatro em quatro anos pedindo para que confiemos neles. Ate ai tudo certo, naturalmente político vive de votos. Mas quando se elegem eles confiam no povo? O mesmo povo que os colocou lá, na posição que agora ocupam?
Nesse processo da cassação de prefeito Zeca, como foi a atuação, para com o povo, de vereadores, secretários e lideranças políticas em geral? Pelo que me lembro foi um festival de mentiras. Sem entrar no mérito da questão, com todas as provas produzidas durante o processo, era impraticável a absolvição. E todos sabiam disto, porem, insistiam em afirmar que tudo ficaria como estava, mentindo, enganando ou popularmente falando, tapeando o povo aquém pediram pare que lhes dessem um voto de confiança. Mas admitamos a hipótese de que eles, também tenham sido enganados, o que dizer de um político que contrata um advogado que não fala a verdade para seu cliente? Da mesma forma ele poderá agir em relação a um empreiteiro, que mente na execução de uma obra ou de um fornecedor que o mesmo faz a com merenda escolar, por exemplo.
Agora aproxima-se as eleições, e certamente todos devem estar certos de uma vitória tranqüila, já que a prefeitura lhes foi tomada de forma tão, digamos, injustas. Por meios outros que não o voto direto do povo como deveria ser. Certamente aqueles que não confiaram no povo, para dizer claramente a real situação, viram em nossas portas pedindo para que nos os ajudem a reparar o “erro” cometido pela justiça. Agora pergunto, eles merecem confiança? Confiança não deveria ser uma via de mãos dupla, eu confio em você e você confia em mim?
Por outro lado vivemos hoje em Taquaritinga um engodo jurídico, administrados por um prefeito que não foi legitimamente eleito, que conta com o apoio de um deputado que fala muito, mas pouco faz, ou melhor, faz sim, adora gastar papel e tinta com inúmeros requerimentos para dizer que é muito atuante. Nem só de requerimentos vive um deputado, mas da capacidade de fazer acontecer e nisto ele ainda esta devendo.
Hoje na prefeitura o que se vê é uma claque de “aspones”, ou como diria um velho amigo, tem muito cacique pra pouco índio. Isso me faz lembrar o poema Vou-me embora pra pasárgada de Manoel Bandeira:

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo de rei
tenho a mulher que quero
Na cama que escolherei...


Para os amigos do rei tudo pode tudo é permitido.
Havia um assecla que adorava bradar nos microfones que a prefeitura vivia abarrotada de dinheiro, mas como é de praxe no meio político as vozes calaram-se após a ascensão.
Ora, mas é claro que não há um só político que ache que os pobres mortais que lhes elegem mereçam saber verdade. O povo é usado como massa de manobra. Gado, que depois de cumprir sua obrigação de votar, pode tomar qualquer destino, contanto que daqui a quatro anos estejam prontos a mais uma vez, se dirigir à urna e lhes conferir o voto.

Um comentário:

Unknown disse...

Como já dizia aquela música do Pink Floyd: " Another Brick in The Wall".